quarta-feira, 22 de junho de 2011

Pequenas ilhas, grandes muros

Hoje me aconteceu uma reflexão interessante.
Vinha no metro, correndo para chegar em casa a tempo de ouvir o Hino Nacional no jogo da final da Libertadores, conectada pelo celular na internet, e olhei em volta e me senti em uma pequena ilha, cercada por muros altos e quase intransponíveis!
Várias pessoas riam sozinhas, cutucavam seus celulares e iPhones em busca de notícias da internet, conexões com o mundo cibernético, tweets e visitas ao Facebook!
E ninguém falava com ninguém.

Estamos nos perdendo da humanidade. As pessoas estão esquecendo a arte de conversar, de contar uma piada para outros ouvirem (e não apenas lerem). Construimos, ao longo dos anos, uma realidade triste e sombria: as pessoas estão construindo muros aonde deveria existir pontes. Tornamo-nos, a cada dia, pequenas ilhas, isoladas da realidade emocional dos outros, presos em um mundo aonde as pessoas só conseguem ser feliz ou espontâneas se protegidas pela tela de um computador.

O que fazer para romper este silêncio que insiste em se alojar? Como parar de olhar a tela do celular e se preocupar com o próximo? Quantas pessoas veem o rapaz da barba espessa e sorriem por dentro? Alguém já percebeu que entre as Avenidas São Luis e Ipiranga, tem uma "ciranda" na calçada antes da faixa de pedestre? Já observaram que o som da Av. Paulista é silencioso ante a beleza das luzes?

Qual foi a última vez que deixamos de twittar para ver o pôr do sol? Que saimos do Messenger para ligar para aquele melhor amigo distante? Quando abandonamos o nosso Facebook para sentar em uma mesa, em uma rodinha de amigos, para cutucar-nos de verdade?

Sinto falta da época em que a tecnologia não era tão acessível assim. Pelo menos, nessa época, as pessoas eram mais facilmente encontradas - pessoalmente, é claro.
Cada pessoa deveria ser um jardim, aberto ao público por pontes contruídas ao longo da vida. Mas, infelizmente, estamos nos tornando pequenas e míseras ilhas, fechadas em si mesmos por muros, morrendo sem o cheiro das flores, sem o som dos pássaros, sem a companhia dos amigos.

Pensemos!!! 

Abraços

Sua sempre, 

Rachel=) 

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