sexta-feira, 10 de junho de 2011

Naquela época


Lembra-se dessa época? 
Que nossa única preocupação era com o doce de sobremesa, ou a brincadeira de roda.
Lembra-se quando podíamos andar descalços 
e todos achariam isso super normal?
Lembra-se quando dizíamos tudo que pensávamos e queríamos, 
e somente assim aprendíamos as palavras corretas,
o que poderia ou não ser dito.
Lembra-se quando nossas burrices eram
 motivo de risos entre nossos pais e avós?
Lembra-se quando nos divertíamos correndo atrás de pombas nas praças, ou pulando ondas no mar?
Lembra-se que nosso mundo era tão grande para nós, mas tão pequeno diante da realidade de nossos mestres, mas mesmo assim, tínhamos total controle sobre ele?
Lembra-se? Eu me lembro e sinto saudades.
Gosto de estrelas, céu limpo com lua cheia.
Amo jardins. Flores e perfumes, borboletas e sons.
Sinto falta de sentar nos ancoradouros do Pontão 
e ver a luz do Pier 21 sobre o Lago.
Caminhar sem destino no Shopping com minha melhor amiga? 
Não tem preço!
Sentir a grama verde ao pisar o chão. Faz tempo que não faço isso!
 Na verdade, não faço muito do que realmente gosto, coisinhas simples que nos abrem o sorriso, há muito mais tempo do que gostaria.
Acontece que o tempo nos rouba esses pequenos prazeres.
Somos obrigados, sem qualquer consulta prévia ou concordância, 
a viver a vida de gente grande.
E muitas vezes nossa agenda lotada, a mesa cheia de processos e prazos, 
as preocupações que abarrotam nossa mente, 
nos privam de viver de forma mais leve.
Preciso aprender a contornar minhas burrices.
É necessário desacelerar! 
Desistir de carregar o peso da culpa.
Ser menos carrasca de si mesma.
Cobrar-se menos.
Viver sem (muita) ansiedade.
Lembrar-se daquela época, doce época, em que tudo era sonho e alegria, 
e viver um pedacinho disso todos os dias, sem medo de permitir que a menina conviva com a mulher.

Abraços, 

Sua sempre, Rachel=) 

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