terça-feira, 21 de agosto de 2012

A dor da vida ou uma vida de dor?

Na vida, nada é fácil. Até nascer é um ato que implica em dor e sofrimento (tanto para a mãe, quanto para o bebê). 
A primeira respiração dói. 
O primeiro tombo dói. 
A primeira paixão não correspondida, ah como dói.
Só que nessa fase, tudo parece se curar muito mais rápido.
De repente, já estamos de pé novamente.Logo mais, surge um mais belo, mais engraçado, mais alguma coisa que roubará o seu coração.

Mas, o que acontece com a gente, "Gente Grande"?
A ciência diz que a dor é um mecanismo de defesa (e não senti-la é considerado doença gravíssima).
Pela dor, somos alertados do perigo e impulsionados a agir para fazer cessar o problema.
Quando dói nosso corpo, logo cuidamos de fazer parar o incômodo.

E a dor da alma? E quando o coração dói não se sabe onde, e algumas vezes, nem porque.
O que fazemos diante do sofrimento do nosso íntimo, que muitas vezes não é externado e raras vezes conhecido por aqueles que nos cercam?
Por que insistimos em segurar a dor por mais tempo do que ela é necessária?
Às vezes, tenho a impressão de que nosso medo de seguir em frente é o maior motivador para segurar a dor em nosso coração.

É como se disséssemos a nós mesmos: se dói, ainda não estou pronto para outra tentativa; logo, farei doer pelo máximo de tempo possível, assim, não tenho que me arriscar de novo.
Infelizmente, esse pensamento, inconscientemente tão comum, é a porta de entrada de uma vida medíocre.
O sofrimento virá. A dor chegará. 
Decepção e frustração.
Traição e arrependimento.

Somos muito pretensiosos ao pensar que construindo uma redoma de vidro baseada na dor ficaremos imunes a senti-la novamente.
Condenamos a nós mesmos a uma existência ínfima, baseada no passado, saturada de "se" e "quando".
A vida nos trará dor, inevitavelmente.
A diferença está em como reagiremos: deixaremos ela passar ou passaremos nossos dias com ela?
Como certa vez disse um sábio: "O sofrimento é inevitável, a dor é opcional."


Abraços
Sua sempre, Rachel=)

2 comentários:

  1. Desculpe perguntar, mas por que o ser humano sofre?

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  2. Olá, M.; desculpe a demora...
    Então, seria muito pretensão da minha parte achar que eu posso responder à sua pergunta; mas eu penso que o sofrimento humano é, em grande parte, consequência dos seus atos e suas escolhas.
    As pessoas plantam e colhem.
    Claro que há aqueles que já nascem num contexto de sofrimento, sem nada ter escolhido. Mas uma geração planta a outra geração. É um ciclo. E por vezes as gerações anteriores plantaram e hoje seus filhos, netos, bisnetos tem colhido...

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