segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Às vezes

É que às vezes, só às vezes, penso que se não te amasse alguma coisa poderia ser mais fácil.
Confesso que às vezes, mas só às vezes, me bate no coração um aperto que julgo ser causado por tanto amor.
É que pesa te carregar. Te apresentar diante do Pai. Interceder.

Mas é que aprendi a amar.
Ama-lo no melhor do ano. No pior da semana.
A questão é que não escolhi amar um ideal projetado durante cinco dias.
Fui apresentada a uma realidade que, sinceramente, não gosto muito. Mas compreendo, e respeito.
E continuo a te amar. 

Mesmo em roupas sujas, cabelos bagunçados, um buraco no estômago.
Seus pés já estão descalços há algum tempo.
O anel já foi dado como penhor em alguma loja de esquina.
Só que eu amo o chamado que há em você.
Amo o caráter que se esconde sob essa roupagem que não lhe serve.

Vi o que jamais imaginei ver.
Descobri uma faceta que pensei nunca ter passado diante dos seus olhos.
E acredito que por isso, a decisão de amar é tão especial.
Por saber o que sei e ainda escolher amar.

Não fique zangado, é só às vezes.
Mas essa ideia nunca dura mais do que cinco segundos.
Porque não te amar não faz mais sentido.
Ainda que seja pra eu te entregar pronto para outro alguém cuidar de você.
Te amo, e não preciso dizer até quando! 

Sua sempre,

Rachel=)

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