sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

A falência do Orkut


Sempre primei pela sinceridade. Busco, desesperadamente, esta qualidade em tudo que faço. Almejo encontrar pessoas que cultivem o que, para mim, é um dos mais belos traços do caráter humano.
Como não poderia deixar de ser, sempre pretendi que meu blog transparecesse a verdade de meus atos em cada uma das postagens.
Sorri. Chorei. Gritei. Amei. Tudo em um blog. E agora não poderia ser diferente. Um desabafo único, sincero e transparente. Isso é tudo que preciso agora.

"Há dois anos, quando deixei em um longínquo Planalto Central parte do meu coração e das minhas lembranças, acreditei nas palavras e nas lágrimas daqueles que prometeram jamais abandonar.
Em claro sinal de desespero, quando vi tudo que conhecia como 'minha vida' ficando para trás,  reativei o Orkut, desejando que este maravilhoso e terrível canal de comunicação social pudesse me manter ligada ao coração que pulsava no centro da minha vida.

Só que tudo não passou de uma má ideia. Pessoas não são o que pensamos que elas são. Pessoas são o que elas realmente são. E quão curta memória elas possuem. Como é fácil abandonar e esquecer. 'Amizades' tão bem estruturadas, tão bem construídas e conquistadas, em um piscar de olhos, são fulminadas pela distância e pelo tempo. E, quem me dera, fosse tanto tempo. A maioria me abandonou em menos de um mês.

Por dois anos lutei, insisti, resisti. 
Chorei. 
Busquei. 
Acreditei. 
Viajei. 
Festejei. 
Percebi. 

Certas coisas são o que são. Nos envolvem como abraço de criança. Mas se vão.
Lembranças certamente ficam. Doces momentos que jamais esquecerei.
Virar as costas, nunca. Mas não mais insistirei. Cansei. 
O Orkut não foi suficiente para manter viva a esperança da amizade. Por isso, decidi fechá-lo por tempo indeterminado. Quem sabe isso muda alguma coisa. Ou não muda nada.

Sim, esse é um desabafo. A todos que sentirem uma pontada no coração ao perceberem que a flor da amizade murchou, meu recado será o mesmo de sempre: ainda estarei aqui. Mas respeitarei sua decisão de me deixar.

Aos que não me abandonaram, vocês sabem como me encontrar. E obrigada, vocês sabem porque."


Sempre abraços.

Sua sempre,

Rachel


Um comentário:

  1. Amiga,não faço parte desse passado de amizades, mas estou aqui.
    Sempre quando precisar, ou não, estou aqui.

    Amo você!

    Bjos!
    Kamila Menezes

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