segunda-feira, 30 de maio de 2011

sábado, 28 de maio de 2011

Carta à vida!

"São Paulo, 28 de maio de 2011
Querida Vida;
Como estas? O que andas aprontando? Novidades para mim?
Sinto saudades de ti, muito embora estejas mais presente do que nunca.
É que nunca me canso de sentir tua pulsação em mim.
Escrevo para agradecer-te. Imensas e preciosas lições tens me ensinado, e por isso estou aqui.
Não poderia deixar de compartilhar contigo as entrelinhas desta jornada.
Voltei a ver o rapaz da barba espessa. Como me divirto por dentro, sozinha, eu e eu mesma!
São momentos tão pequenos, tão fulgazes, mas que fazem diferença no meu dia.
Não é que rio dele, rio com a atitude despojada que ele tem. Não dele. E essa semana ele ainda atravessou a faixa de pedestres lendo um livro!
A última quinta-feira foi totalmente atípica.
Acordei de bom humor, mesmo com o frio.
E não foi tão cansativa quanto costuma ser.
Mistérios que me permeiam no meio da semana.
Vida, costumo dizer que  tu me ensinas grandes lições em pequenos gestos, pequenos momentos. E isso de novo tem acontecido.
Estou aprendendo que o caráter, a essência não pode ser definida por atos, mas por hábitos.
Não são os degraus ou as pedras que traduzem o caminho que seguimos.
O que define quem somos é a nossa trajetória.
Escolhas, decisões, erros e acertos são apenas parte de um pacote.
Lembra-se quando me dizias "Não julgues um livro pela capa"?
Agora compreendo perfeitamente o que querias me dizer.
Não são primeiras impressões, decepções no percurso ou surpresas no fim do dia que apontam a essência de uma pessoa, de um relacionamento.
Abriste-me os olhos para a grande verdade: tudo deve ser levado em consideração.
Amizades não precisam acabar por uma traição.
Amores não precisam se esgotar por uma decepção.
Família não deve se desgastar por um confusão.
Tudo deve ser levado em consideração. Somente em uma análise ampla e global é possível definir, conceituar e decidir.
Sei que és tu a ensinar-me, mas sinto-me bem quando digo-te que aprendo.
Com carinho,
Sua sempre, Rachel=)
P.S.: Te amo!"

terça-feira, 24 de maio de 2011

Nesse momento...

Sinto dor.
Sinto fome.
Quero banho e cama.

Sinto meu coração apertado.
Não poderei te ver.
Sinto que a semana passa rápido demais.
Ou será de menos?

Aff... Amanhã tenho Inglês!!
E mais uma semana eu não estudei, Teacher!
Ops... estudei domingo
(três lições de uma vez. I'm sorry!!)

Quero abraço.
Quero apego.
Quero chamego.

Hummm... sinto um cheiro.
Perfume.
E que perfume.

Água quente.
Pele vermelha.
Loção de morango!
Vai um champagne??

Sinto falta.
Ai, amiga... queria estar mais perto.
Queria ser o ombro amigo que você precisa.
Desculpe a ausência.

"-Ah, desculpa, mas minha agenda está lotada".
-"Eu sei, mas fazer o que? Sempre existe semana que vem."
-"Faça um esforço. Afinal, a recompensa vale a pena, e você sabe".

"-Uai! O que deu em tu, menina?"
"-Acho que tudo se resume a sentimentos nesse momento"

Aos que me entendem, mesmo quando não sou compreensível a mim mesma, amo vocês!!


Abraços


Sua sempre, 


Rachel=)

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Reflexões à beira das rugas

Acredito que desde sempre esta data foi a mais esperada até hoje. Tudo bem que desejei com ansiedade incontrolável os 18, mas era apenas por conta da possibilidade de dirigir.

Mas os 23 sempre me pareceram o ano perfeito. Perfeito para ser mulher, perfeito para ser advogada, perfeito para ser responsável por mim mesma, perfeito para ser.
Costumo dizer que os 18 são o ano da liberdade e que os 21, da responsabilidade.
E os 23? Acredito que seja o ano do equilíbrio.
Liberdade demais machuca. Responsabilidade demais priva.

Aprender a equilibrar-se entre ser menina, mulher, profissional. E isso é um desafio!
Equilibrar o tempo, as finanças, as concessões feitas.
Descobrir como controlar os planos um dia feitos com os que aguardam ansiosos pela oportunidade de se mostrarem.

Confesso que já estou nos 23 há algum tempo (tava doído ser Dra. aos 22!). E confesso também que já estou morrendo de vontade de acrescentar um aninho aí!
Mas, tirando isso, estou extremamente satisfeita com esse tempo.

Nessa semana me veio uma verdade muito filosófica, mas uma verdade:
"O tempo é como uma família. Um velho ancião, que jamais aparece. Dele temos apenas lembranças. Seu nome? Passado.
Um jovem rebelde, que a todos surpreende, e jamais se deixa prever. Conseguimos traçar seus contornos, mas nunca o vemos nitidamente. Chamaram-no Futuro.
E por fim, um homem de meia-idade, que não consegue ficar no mesmo lugar muito tempo, mas está sempre ao nosso lado. Ao lhe perguntar 'Quem és?', respondeu-me apenas: 'Sou o seu Presente'".

Que venham as semanas de comemoração!

Abraços

Sua sempre, 

Rachel=)

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Egoísmo necessário

Chega um ponto que se percebe a necessidade de ser minimamente egoísta.
Amar-se a si mesmo; colocar-se, mesmo que de vez em quando, em primeiro lugar.
Dizer não! "Não posso sair, já tenho um compromisso"; "Não, não quero ir a esse restaurante, não gosto dessa comida"; "Não, não quero comprar isso ou aquilo".

Desde pequenas aprendemos que precisamos deixar de ser meninas para sermos adolescentes; deixar de ser criança para ser mulher; deixar de ser profissional para ser dona de casa; deixar de ser para si para ser para ele. Mas, e eu? Eu continuo existindo. Olhar-se no espelho e perceber que seu maior e verdadeiro amor no mundo inteiro é você mesma é algo que se impõe!!

Não estou dizendo para não ser altruísta, não se doar, não ser generosa.
Mas é preciso pensar em si mesma. Não precisa ser todo dia, se você não consegue. Mas esforce-se para se dar um dia pelo menos para pensar em si mesma.
Demorar no banheiro porque você quer um banho quente e sossegada.
Sair para o shopping sem hora para voltar.
Desarrumar-se e assistir um filme com aquele moletom velho e com os cabelos bagunçados.

E isso não se aplica apenas às mulheres. Todos precisam se amar para aprender a amar mais e melhor. Ninguém pode amar ao próximo se não amar-se a si mesmo!
Afinal, Jesus disse que devíamos amar ao nosso próximo como a nós mesmo! Se não nos amamos, será impossível amar alguém, por mais que nos esforcemos!

Olhe-se e ame-se.
Cuide-se e seja sua melhor companhia.
Conheça-se e assim você poderá ser tudo que sempre sonhou para si mesma e para o mundo!

Abraços

Sua sempre,

Rachel=)


segunda-feira, 9 de maio de 2011

Verdades

Às vezes, é bom acreditar pura e inocentemente no que as pessoas dizem. 
Ainda mais se considerando quem diz se pode acreditar de olhos fechados!

Quando te disserem: "Não vá, porque você vai se machucar"; acredite! Ela não quer estragar sua alegria; pelo contrário, ela quer te dar razões para continuar sorrindo.

Quando te alertarem: "Não queremos compromisso"; acredite! Não tente colocar letra aonde tem espaço, não viva algo que não existe.

Quando puxarem sua orelha: "Experimente ser você mesma"; acredite! Ser outro você não valerá a pena, porque quem te ama te ama como você é.

Quando sua amiga falar: "Eu não confio"; acredite! Ela vê, ouve e convive com o que você não consegue.

Quando quem te ama te disser: "Vou te falar porque te amo"; acredite! Toda a dor do coração vale a pena quando você é salva pela sinceridade.

A Verdade pode doer como uma faca no coração que não sai. 
A Verdade pode te deixar sem ar, mesmo respirando. 
A Verdade pode fazer você perder o chão, mesmo estando em pé.
A Verdade pode te levar a se perguntar como eu não te ouvi antes.
Mas a Verdade dita é sempre melhor que verdades silenciadas.
Simplesmente porque a Verdade salva.

Amo minhas verdades.
Verdades que me contam.
Verdades que me doem.
Verdades que me trazem de volta ao Caminho.
Verdades que curam meu coração.
Verdades que me amam.

Abraços

Sua sempre

Rachel=)

terça-feira, 3 de maio de 2011

Um dia desses...

Um dia desses pode sim ser hoje.
Um dia desses em que o Sol bate na janela e aquece suas costas.
Um dia desses em que você liga para a sua amiga de infância.
Um dia desses para tomar um café com aquele amigo da faculdade.
Um dia desses para enviar resposta aos emails recebidos.
Um dia desses para ser simplesmente feliz.
Por que não transformar um dia desses em hoje?

Abraços


Sua sempre


Rachel=)

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Permita-se

Permita-se tomar banho de chuva, mesmo que sozinha.
Acorde e se dê um dia só seu; sei o quanto isso é difícil, mas é possível.
Molhe os cabelos com água quente; existe hidratação de sábado para quê?
Coma chocolate, mas coma sem culpa.
Ou, se preferir, tome um potão de sorvete, sozinha, egoisticamente, e delicie-se nas 400 kcal inúteis!

Permita-se lambuzar com um enorme caqui.
Use as mãos, não uma colher. 
Suje a ponta do nariz mergulhando em uma fatia de melancia.
Ou crie um bigotinho de leite; leite é sempre bom.

Permita-se viver mais devagar.
Já falei isso anteriormente: permita-se não superar seus limites (Rotina, sim; Monotonia, não)
Respire profundamente, esqueça que existe poluição pelo menos por um minuto.
Visite parques, museus, teatros.
Cresça em todos os sentidos.

Permita-se ser você mesmo, mesmo que você não goste da versão apresentada.
Mude de roupa, de cabelo, cor de esmalte.
Mas mude por você, não por outros.
Esqueça o horário e durma até mais tarde. Durma tarde.
Ah, e quando for sair, experimente todo o guarda-roupa!

Permita-se viver intensamente.
Dê-se de presente uma elevada auto-estima.
Valorize-se, independentemente da última moda.
Seja para você tudo que você quer ser para os outros.
Não espere que alguém te complete, simplesmente seja um universo.
E se alguém aparecer, ele somente expandirá o que já é maravilhoso.

Abraços, especialmente às aquelas que me aguentam.

Sua sempre, 

Rachel=)

domingo, 24 de abril de 2011

Eternas icógnitas em uma equação

Não são as "aspas".
Não é a ausência de um adjetivo.
Ainda não é a falta de compromissos agendados ou promessas sem data marcada.


A competição é o que mata.
Não entre lasanha, feijoada ou sushi.
Afinal, tenho um doce que ninguém mais sabe fazer, pois não se vive sem mel.

Posso competir com o tempo.
Maturidade não se mede pela idade.
E um simples bate-papo convence da realidade.

Mas não posso apagar os km's no mapa.
Madri fica sim muito longe de São Paulo.
Pedir carona não vai adiantar.
Eu sei... faz o possível para não ficar de bobeira.

Mas, fato é que os km's continuam existindo.
Não posso competir com "eu vou cuidar de você". 
Muito menos com "braços abertos a te envolver".
É simplesmente impossível.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Conflitos

Já aconteceu de você ser dois "você"?
Você é aquilo, mas também não é!
Dois comportamentos opostos que facilmente te traduzem.
Parece que você escolheu o preto e o branco, o doce e o salgado, o mar e o céu, e decidiu viver tudo num dia só, de uma só vez.
Até quando é possível aguentar tamanha confusão?
Até onde podemos brincar com quem somos sem nos perdemos?
Será que podemos nos encontrar em nós mesmos diante dessa profusão de ideias e conceitos?
Enquanto não encontro resposta, continuo sendo eu mesma, pois é impossível ser outra coisa.

Abraços

Sua sempre,

Rachel=)

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Bom Humor!

Céu azulado
Na minha janela o calor do dia
Um clarão que me aquece
Que faz o meu dia ser melhor dia!

Ah... Suspiros de vontade
Lembro-me de uma antiga cidade
Nova na idade
Mas distante na saudade

Dividida entre dois universos distintos
De um lado sinto-me na Capital do Mundo
De outro, na Capital do Coração
Como resolver esse impasse que está nas minhas mãos?

Sei lá, talvez seja a melhor resposta
Deixando seguir o dia com suas propostas
Imagino e sinto, vejo e escuto
O resto é Bonjour para todo mundo!!

Abraços

Sua sempre,

Rachel=) (e hoje com muito bom humor!)

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Melhor amiga

Já cansei de dizer o quanto o dia-a-dia, o cotidiano, a rotina, o habitual me ensina.
Hoje reencontrei o rapaz da barba espessa e dos tênis de sapo. Ri de novo. Impossível não fazê-lo.
Mas, hoje, descobri que é possível sempre ser melhor amiga.
Não ser "a" melhor amiga de alguém, mas melhorar como amiga.

Me vi em uma situação em que eu ocupava o posto A e minha amiga o posto B. 
Quando, há algum tempo, eu fui o posto B e ela o A, tudo foi diferente.
Percebi que fui dura demais com quem confiou em mim.
Descobri o quanto é bom ouvir palavras de apoio em meio à desordem.
Entendi que nem sempre falar a verdade significa ser dura e cruel.

Ainda bem que tenho amigas. E isso me dá a segurança de que mesmo tendo sido tão "má" melhor-amiga, eu ainda continuo sendo a melhor-amiga.
E quero ser melhor amiga.  Sempre.
A diferença entre os que amam e os que são amados está na capacidade de pedir perdão.
Nem sempre os que amam tem coragem de se humilhar perante a pessoa amada e reconhecer seus erros.
Mas quem é amado, com certeza o é porque sabe reconhecer seus deslizes.
E hoje é meu dia de pedir perdão. Prometo que me lembrarei de hoje para ser melhor amiga. E continuar sendo a sua melhor-amiga.

Abraços

Sua sempre,

Rachel=)

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Lições recentes

Situações cotidianas nos ensinam mais do que grandes e longas palestras, vai por mim.
E essa semana um estranho me deu ensinou uma lição só ao passar por mim, e outra fui eu quem aprendi mesmo.

Ia eu, no auge da minha TPM, querendo esmurrar o mundo, a caminho do Escritório. Quase chegando, vi um rapaz (que não tinha mais do que trinta anos) com uma barba super densa. Cobria metade do rosto, super espessa! E é claro que me chamou a atenção.
Continuei analisando a figura: camisa social branca, gravata azul clara, calça social cinza com risca de giz e.... um enorme tênis tipo jogador de basquete!! Não que o pé fosse grande, mas o tênis era grande. Estilo "boca de sapo", como diria minha mãe.

Aquela cena, inevitavelmente, me fez rir. Rir alto. Rir de verdade. Sozinha, no meio da rua, sem ninguém para em entender. Sem ninguém para me criticar.
E aí percebi algo: pequenos gestos, pequenas palavras, um olhar, um sorriso, um abraço! Pequeninos segredos que mudam uma vida! Não é preciso som muitas vezes, é preciso apenas atitude.
Para ser feliz não é preciso muito. Não é preciso ter, estar, fazer, conseguir. É preciso ser, apenas ser.
Gestos de delicadeza, de gentileza podem mudar o dia, o humor, a história de uma pessoa.
Quantos pequenos gestos você tem feito ultimamente? Isso me fez pensar.

A segunda lição foi: somente quando corremos o risco de perder aprendemos a valorizar.
Como todos que me acompanham sabem, deixei meu celular, agora apelidado de filhote, aprender a nadar! Obviamente o resultado não poderia ter sido outro: NADA!! 
O desespero foi total! Tristeza na Av. Paulista, perdida em meio ao mundo!
E, depois de cinco dias, lá veio o resultado: a garantia cobriu tudo! Como? Não sei; mas sei que cobriu. Nenhum centavo, nenhum dano, e ainda tenho mais três meses de garantia!!

E você está se perguntando aonde entra o aprender a valorizar. É que eu queria trocar meu aparelho. Estava classificando-o como obsoleto! Quanta ilusão! Meu aparelho não tem tela touch scream, mas isso não retira o fato de que a conexão dele com a net é perfeita, meu acesso ao Facebook é incrivelmente igual ao de um computador!! Felicidade total!

E isso me fez pensar que talvez precisemos apenas deixar a coisa acontecer, dia-a-dia, perceber, por si só, o valor de pequenos gestos, pequenas frases, pequenos presentes (que nem são presentes). Valorizando os outros, valorizamos a nós mesmos! Valorizando a vida, valorizamos a felicidade de viver!

Abraços

Sua sempre

Rachel=) (no momento, muito feliz!)

terça-feira, 5 de abril de 2011

Grande Mini Mulher

Ser Mini Mulher é o máximo: 
somos portáteis, 
cabemos em vários lugares 
(até mesmo os mais inimagináveis), 
não é necessário muito esforço para nos carregar, 
e nos abraçar é perfeito, 
cabemos direitinho nos braços de quem nos ama. 
É ser compacta para quem vê, 
e gigante para quem ama.

Às minhas inspiradoras Grandes Mini Mulheres.

Beijos

A todos, abraços

Sua sempre, 

Rachel=)

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Quero ser, quero crescer

Por favor, me deixe ser, me deixe crescer.
Ser eu mesma, somente eu.
Viver meus sonhos. Meus sonhos, não os seus, não os nossos. Os meus.
Deixe-me ser egoísta, curtir minhas conquistas comigo mesmo, arriscar minhas escolhas.
Minhas escolhas. Não nossas, minhas. Somente minhas.

Quero ser, quero crescer.
Sair desse mundinho que talvez deveria ser cor de rosa, ou cor de arco-íris.
Mas tenho que confessar, tudo se tornou muito preto e branco.
Preciso seguir meu próprio caminho.
Chegar em casa e ouvir o som do relógio fazendo tic, tac, tic, tac.
O barulho que tanto detesto, mas que será o barulho da minha escolha.

Por favor, me veja não como a menina, mas como a mulher.
Quero ser menina quando eu quiser.
Quero ser, mas ser eu, não quem você quer que eu seja.
Fazer minha tatuagem de não sei o que não sei aonde.
Só porque essa é minha escolha.

Não quero ser rebelde, não quero ser manhosa.
Só quero ser eu, só quero crescer.
Deixar de suspirar pelos cantos.
Parar de sentir esse aperto no peito.
Não quero jamais deixar de ser para você.
Mas preciso ser, ser eu, eu mesma.

Por favor, quero ser, quero crescer.
E isso virá.
A escolha se vai doer mais ou menos,
aí, já não é minha escolha.

Abraços


Sua sempre,


Rachel=)

sábado, 2 de abril de 2011

Minha perda

Sei que muitos já perderam muito. Pessoas perdem pessoas. Amantes perdem amores. Amigos perdem amizades. Eu "só" perdi um celular (tá, eu ainda nem sei se perdi um celular). Mas é a minha perda.
Por que quando perdemos algo, que outros consideram de ínfimo valor, tentam a todo custo nos fazer pensar que valorizamos demais a nossa perda?
Uai, a perda é minha!! Eu dou a ela o tamanho que eu quiser. 

Meu celular, por extrema burrice da sua dona, resolveu aprender a nadar no tanque enquanto eu lavava roupa!!! Aff... se burrice matasse (ou melhor, burrice mata, e como mata!)
Um sentimento de perda, de tristeza, de vazio. Sei que é exagero, mas é meu momento de exagero.
A Avenida Paulista nunca foi tão triste, tão distante. Tive que ir lá hoje, mas ela não teve o mesmo encanto, o mesmo glamour, a mesma beleza. 

Isso me fez pensar que é preciso aprender a estar mais perto, mais do lado, quando nosso amigo, nossa irmã, nosso amor perde algo, mesmo que pra gente esse algo seja inutilmente fútil.
Ainda bem que é sempre tempo para ser mais e melhor.

E hoje ainda tomei banho de chuva. E senti falta do que nunca tive. Senti falta do que ainda vou ter. Como diria minha amiga "Mi", "será que é possível sentir saudades do que ainda não se viveu?".

Abraços

Sua sempre, (e no momento morrendo de raiva)

Rachel=)

terça-feira, 29 de março de 2011

A cada dia

A cada dia descubro novas verdades, novas realidades.
Uma percepção do que é e do que não é pode mudar de um dia para outro.
Isso significa que vivo, que aprendo, que apreendo.
Se sonho, procuro criar alicerces. 
Se brinco, não esqueço da mesa cheia de trabalhos.
Mas se trabalho, não deixo de ser menina.
A cada dia me vejo nos meus atos, nas minhas escolhas.
E abro mão de ser quem não sou, quem não fui.
Só posso viver com o hoje, sendo, no agora, eu mesma, somente eu. 
Não posso fazer grandes promessas; o amanhã é uma grande icógnita.
Também não tenho que sofrer pelo que passou, pelo que não foi. Ninguém pode mudar nada ou dizer como teria sido se tivéssemos escolhido o caminho da direita ao invés do da esquerda.
Só tenho que lidar com o hoje, com o agora. E isso me faz dormir tranquila.

Abraços


Sua sempre,


Rachel=)

sábado, 26 de março de 2011

Redescoberta

Descobri esse texto que publiquei em outubro de 2009. E me surpreendi ao perceber que um ano e meio depois, me sinto em processo de mudança tanto quanto antes. Por isso, decidi republicar esse texto... Espero que seja proveitoso!!


"É tempo de remodelagem. Tempo de autodescoberta. Tempo de arriscar com as oportunidades. Tempo de ser eu, só que melhor.

De tudo que sou, de tudo que aprendi, ainda conservo muito de mim; sou menina, sou mulher, sou bailarina, sou o que Deus quer.

Aprendendo com o tempo aprendo que o tempo pode não ser meu amigo, mas meu inimigo é que ele não é.

É tempo de olhar para o céu, não aquele límpido e azulado, mas o céu poluído mesmo, e perceber que quase tudo mudou. Mas o céu ainda é o céu.

Eu continuo sendo eu, meiga, gentil, generosa, desorganizada, e um pouquinho preguiçosa. 

Mas eu mudei, repaginei, alterei, melhorei. O que não devia ser, já não é; o que precisava ser, ah! eu já já chego lá. 

Continuo sendo Rachel, amável, doce, tagarela. Mas aprendo a ouvir, dar o ombro amigo, mesmo na distância.

Eu em várias faces, não fases, sou apenas Rachel, mas eu estando feliz, eu estando triste, eu comendo bobagem, eu sorrindo da vida. Eu sou eu, não importa se estou na página 15 ou 21 (ou 23!) da história da minha vida.

O interessante é que aprendo a cada dia a parar de lamentar pelo que passou, o que ficou pra trás, é passado. Prefiro viver na expectativa do que virá do que no preto-e-branco do que nunca foi.

Eu, em nova página, em várias faces; eu, por eu mesmo.

Sua sempre Rachel=)"

sexta-feira, 25 de março de 2011

"Finjo que sou um rato para o meu pai. 
Finjo que sou um humano através do Linguini. 
Finjo que tu existes para ter alguém com que falar! 
Só me dizes aquilo que eu já sei! 
Eu sei quem sou! Porque preciso que tu mo digas?" 

Ratatouille, 2007

quinta-feira, 24 de março de 2011

É preciso aprender a deixar partir

Por vezes, o cotidiano nos traz lições profundas, que mudam nosso modo de encarar algumas realidades.
E dessa vez, entendi que é preciso aprender a deixar partir.
O sábio Rei Salomão disse que "há tempo para todo propósito debaixo do céu; tempo para guardar e tempo para deitar fora" (Eclesiastes 3:1,6).

Nossa tendência é nos apegarmos à aquilo que temos e que construímos como se naquilo estivesse nossa última esperança. Parecemos crianças em dia de aniversário, que não larga, por nada, a boneca nova, o carrinho ou o tênis (e até dorme com ele!)
Mas, às vezes (e muitas vezes), precisaremos deixar partir algo ou alguém.

É preciso aprender a deixar partir a irmã mais nova que se casa primeiro que você.
É preciso aprender a deixar partir a filha que quer seguir sua vida, morar sozinha, mesmo que ela ainda não tenha casado.
É preciso deixar partir aquele amigo que, sem explicar, saiu da sua vida e seguiu rumos desconhecidos.
É preciso deixar partir o sentimento de afeto profundo dos braços de quem já te prometeu o mundo.
É preciso deixar partir os conceitos, os pré-conceitos.

Só não deixe partir sua essência. Seus princípios. Seu caráter.
Mas, de resto, aprenda a deixar partir, ainda que no seu mundinho não seja hora para isso (e para alguns, nunca será hora, mas é preciso deixar partir).
Entenda que só se preenche o vazio, só é possível colocar aonde não se tem.
Aprenda a deixar partir, não apenas o velho, mas também o novo. Só assim se dá lugar ao mais novo, ao extraordinário, ao inevitavelmente delicioso.

Aprenda a deixar partir os dias de primavera, as noites de verão. Disponha-se a se conhecer no inverno e esteja disposto a ver folhas caídas no outono. Mas, aprenda a deixar partir.
Esperanças, sonhos, projetos. Pense bem. Depois que eles se tornam um fardo, uma cobrança constante, um ideal quase inatingível, talvez, muito provavelmente, esteja na hora de deixar partir.

Aprenda a deixar partir velhas lembranças que trazem um sentimento de perda. Pense que você, naquele momento, deixou partir, e que isso definiu quem você é hoje. E viva intensamente sua escolha.
Como eu já disse, não peço que compreendas ou que concordes. Minhas escolhas são minhas, só minhas. Apenas respeite.
E você também deveria pensar assim.
Aprenda a deixar partir, seja hora ou não, custe dor ou lágrimas, abraços ou sorrisos.
Simplesmente aprenda.
E deixe-se desocupada para o novo!